POEMAS
Algumas aventuras escritas
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27/05/13
"Buscar outro sentido para a vida se torna muito difícil quando vivemos no segmento da sociedade que está insuportavelmente voltado para a busca da felicidade material."
Uni versos (22/fev/2012)
As palavras insistem em querer explicar
o alvorecer que nos toca atrasado
O sol nos grita um silêncio radioso
como o barulho das crisálidas crescendo
Luz que desenha triangulares sombras
de antigos povos e seus secretos saberes
Nuvens choram gotas de gelos
que sufocam o ar e grisalham o dia
A terra disputa a chuva com raízes
e árvores se empurram por claridade
O arco-íris pende débil e cianótico
manando para azular peixes e sereias
O cansaço do vento carregado de plumas
traz acenos de folhas loucas para voar
raios raivosos que não esperam o trovão
nem água de chuvas em sopros nebulosos
Leito de vida das águas que correm
morre lento desembocado no mar
Mar circunspecto que recurva a onda
curva que o vento cismou de curvar
Curva que se curva ante a força lunar
Nas sombras das dúvidas sua força é fugaz
e a luz ensombrecida só quer iluminar
Nas sombras da vida, a luz morre no mar
E as palavras sopradas insistem
voam, ressoam, não ficam. Desistem
Traçadas, registram a busca de sentidos
que só existirão em Andrômeda.
o alvorecer que nos toca atrasado
O sol nos grita um silêncio radioso
como o barulho das crisálidas crescendo
Luz que desenha triangulares sombras
de antigos povos e seus secretos saberes
Nuvens choram gotas de gelos
que sufocam o ar e grisalham o dia
A terra disputa a chuva com raízes
e árvores se empurram por claridade
O arco-íris pende débil e cianótico
manando para azular peixes e sereias
O cansaço do vento carregado de plumas
traz acenos de folhas loucas para voar
raios raivosos que não esperam o trovão
nem água de chuvas em sopros nebulosos
Leito de vida das águas que correm
morre lento desembocado no mar
Mar circunspecto que recurva a onda
curva que o vento cismou de curvar
Curva que se curva ante a força lunar
Nas sombras das dúvidas sua força é fugaz
e a luz ensombrecida só quer iluminar
Nas sombras da vida, a luz morre no mar
E as palavras sopradas insistem
voam, ressoam, não ficam. Desistem
Traçadas, registram a busca de sentidos
que só existirão em Andrômeda.
Um dedo de prosa (20/mar/2010)
O ser humano eterniza paradoxos sublimes e abjetos.
Edifica hospitais hi-tech com cirurgias intercontinentais, que não chegam à Etiópia.
Maquiavela campos de extermínio dos quais surgem salvadores, outrora, anônimos.
Fissão nuclear? É só uma fonte de energia, ninguém falou em bomba! (.jp saudações)
LASER, HUBBLE, LHC do CERN, mas só as rochas preservarão nossa curta estada.
Salvar o planeta? Ele tem cinco bilhões de anos de experiência! Vai querer a nossa?
Ser humano é mais do que ser humano.
E eternamente de passagem.
Edifica hospitais hi-tech com cirurgias intercontinentais, que não chegam à Etiópia.
Maquiavela campos de extermínio dos quais surgem salvadores, outrora, anônimos.
Fissão nuclear? É só uma fonte de energia, ninguém falou em bomba! (.jp saudações)
LASER, HUBBLE, LHC do CERN, mas só as rochas preservarão nossa curta estada.
Salvar o planeta? Ele tem cinco bilhões de anos de experiência! Vai querer a nossa?
Ser humano é mais do que ser humano.
E eternamente de passagem.
Mente (Jul/2009)
Eterna mente
é terna mente
E, ternamente,
é ter na mente
éter na mente.
E, terna, mente
eternamente.
é terna mente
E, ternamente,
é ter na mente
éter na mente.
E, terna, mente
eternamente.
O tempo - (Jan/2009)
O relógio oculta o tempo ao revelar a hora
Gira sem parar, sem sair do lugar
Ontem existiu. Se foi
Amanhã será. Será?
Agora?
É passado
É passado
É passado
É passado
Gira sem parar, sem sair do lugar
Ontem existiu. Se foi
Amanhã será. Será?
Agora?
É passado
É passado
É passado
É passado
Nós & Voz - (Out/2008)
Voz também para os estudantes
Milho e palmatória eram antes
Com papel e cola nas mãos
Hoje o plano é integração
A idéia chega fervente
E a partilha é crescente
Compras, preparos e muita correria
Cedo plantou troca, música e alegria
Com recurso contido e contado
Parede pintada e painel colado
Regada com imaginação
Logo brotou a produção
(escrita para o evento AVE)
Milho e palmatória eram antes
Com papel e cola nas mãos
Hoje o plano é integração
A idéia chega fervente
E a partilha é crescente
Compras, preparos e muita correria
Cedo plantou troca, música e alegria
Com recurso contido e contado
Parede pintada e painel colado
Regada com imaginação
Logo brotou a produção
(escrita para o evento AVE)
Deleite inefável - (Jan/2008)
Das tuas entranhas quero a escuridão
Devoto ao ventre o carinho lingual
Noturno e selvagem
Falo e cuspo e lambo
Coloco minha cabeça no teu colo
Uterino
Inteira e interina
Falo cuspindo e teso
Da tua boca desejo a devassidão
De novo ao ventre um carinho igual
Negando regra e linhagem
Empurro e oprimo e gemo
Coloco tua cabeça no meu colo
Viperino
Túrgido e adulterino
Falo cuspido e bambo
Devoto ao ventre o carinho lingual
Noturno e selvagem
Falo e cuspo e lambo
Coloco minha cabeça no teu colo
Uterino
Inteira e interina
Falo cuspindo e teso
Da tua boca desejo a devassidão
De novo ao ventre um carinho igual
Negando regra e linhagem
Empurro e oprimo e gemo
Coloco tua cabeça no meu colo
Viperino
Túrgido e adulterino
Falo cuspido e bambo
The dramatic cats - (Fev/2002)
The bad cat said:
- Catch the rat, sad cat.
- Catch the rat to pat.
- Catch the rat, sad cat.
- Catch the rat to pat.
The fat cat said:
- I'm not a sad cat, not yet!
- I'm a fat cat.
- Get the bat, mad cat.
- Get the bat to pet.
The bad cat said:
- I'm not a mad cat, not yet!
- I'm a bad cat.
- Look at that, the rat is really mad.
- He put a bed on the hacked mat and a red hat on the bed.
And the fat cat said:
- Ok, I let go of the rat and you forget the bat.
- In fact, this is the end of the act!
Avesso do viço - (Jun/1997)
Será fácil esquecer o teu nome
Simples não sentir teus abraços
Tênue olvidar tua voz
Brando não beijar os teus lábios
Será comum esquecer tuas mãos
Dócil desprezar o teu toque
Ordinário não ouvir teus gemidos
Venerável rejeitar tua volúpia
Será claro esquecer os teus pés
Pacífico não observar teu olhar
Natural largar tua pele
Mero não compartilhar tua alegria
Será usual esquecer o teu ventre
Suave não tocar o teu rosto
Trivial recusar tuas coxas
Normal não percorrer o teu corpo
Será tranqüilo esquecer o teu gosto
Sereno não receber os teus beijos
Singelo abandonar os teus sonhos
Ameno não afagar os teus seios
Será calmo esquecer teu semblante
Espontâneo não alisar teus cabelos
Manso não ter tua companhia
Voluntário não ter teus carinhos
Se estas palavras traduzissem a verdade
Meu infortúnio estaria, sim, abreviado
Mas tua partida só fortalece a liberdade
Deixando vazio um corpo em ti viciado
Será assim que os dias se darão
Pois a morte ainda em vida
Me acompanhará após tua ida
Desvanecendo o amor do meu coração
Simples não sentir teus abraços
Tênue olvidar tua voz
Brando não beijar os teus lábios
Será comum esquecer tuas mãos
Dócil desprezar o teu toque
Ordinário não ouvir teus gemidos
Venerável rejeitar tua volúpia
Será claro esquecer os teus pés
Pacífico não observar teu olhar
Natural largar tua pele
Mero não compartilhar tua alegria
Será usual esquecer o teu ventre
Suave não tocar o teu rosto
Trivial recusar tuas coxas
Normal não percorrer o teu corpo
Será tranqüilo esquecer o teu gosto
Sereno não receber os teus beijos
Singelo abandonar os teus sonhos
Ameno não afagar os teus seios
Será calmo esquecer teu semblante
Espontâneo não alisar teus cabelos
Manso não ter tua companhia
Voluntário não ter teus carinhos
Se estas palavras traduzissem a verdade
Meu infortúnio estaria, sim, abreviado
Mas tua partida só fortalece a liberdade
Deixando vazio um corpo em ti viciado
Será assim que os dias se darão
Pois a morte ainda em vida
Me acompanhará após tua ida
Desvanecendo o amor do meu coração
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